terça-feira, 20 de março de 2007

Os gordos e a lei

Lia, mais cedo, nesta chuvosa manhã de 20/03/07, tipicamente outonal (o clima está mudando?), em um diário de Porto Alegre, onde vivo, que esta capital tem o maior número de gordos no Brasil (entre as capitais). Que, aqui, 54% dos homens estão acima do peso. E, segue a nota, gordura não é apenas uma questão de estética, mas de saúde.

A frase me levou a profundas e deprimentes reflexões.

Todo o fascismo médico contra a obesidade produziu, nos últimos 30 anos, uma série constrangedora de equívocos sobre dietas e alimentos. Sem falar em ansiedade de pacientes eperturbação da sua felicidade. Quem vai para a cadeia?

Foi afirmado categoricamente o que era, tão somente, uma constatação probabilística, como todas da ciência empírica. A Veja desta semana fala disso. E bem, embora não aprofunde. A revista é mansa.

Todo tal fascismo de magro, ou, da magreza, está, ainda, produzindo mortes em mulheres jovens que buscam, obcecadamente a magreza, ideal de sáude e de beleza. E os gordos aí, a viverem 40 ou 50 anos mais do que tais jovens.

Não vou negar os aspectos negativos à saúde do excesso de peso. Não!!

O que me preocupa, e muito, mais ainda, é que, primeiro, há o alerta, sobre a obesidade. Segundo, a condenação e ... em breve, ser gordo será algum tipo de contravenção, disposto, tal fato, em lei, onerando os gordos a algum tipo de tratamento diferenciado perante a lei. Sendo a diferença perante a lei a característica básica da sociedade brasileira, na qual o artigo 5° de sua Constituição é uma farsa de mal gosto e deveria ser reescrito, adequando-o à realidade.

Irão pagar mais no transporte coletivo? Serão sobretaxados para a aposentadoria? Custará mais caro o seu seguro de vida ou o plano de saúde? Pagarão tributos maiores, em percentual, nas suas roupas? As lojas para gordos pagarão tributos maiores? As comidas que engordam pagarão tributos maiores? Tudo ao contrário pagará, ainda mais, menores? Terá incentivo do banco estatal (cujo caixa é dinheiro tomado do povo via impostos)?

Tudo isso porque, ao se utilizar de serviços públicos, estatais, pagos pelos impostos, os gordos irão onerar mais. Raios. O estado, a ditadura civil, cobra à força para prestar serviço e, pior, faz a mesma discrinação que ela condena ...

Enfim, tudo previsível, em um mundo nazista internacionalizado, aquele no qual o estado intervém ad infinitum e ad absurdum na vida individual, moldando, ao gosto da ciência (sempre falível, se não, religião) e da política interventora o ideal de ser humano, legislado pelo governo.

Adolf Hitler perdeu a guerra, mas suas idéias perversas de aperfeiçoar o homem venceram.

Trsites e profundas reflexões. A burocracia estatal destrói a vida, em nome dela, e ainda cobra mais, de quem está vivo.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Desiguais perante a lei

A imprensa diária publicou e tem "suitado" (jargão profissional) a afirmação do ministro da Fazenda, de que é preciso aumentar "um pouquinho" a carga tributária sobre os profissionais liberais. É uma reação da sacadora burocracia promete-e-não-cumpre (elegeu-se atacando a carga tributária de FHC, lembrais?) à alteração na Super-Receita (união da receita com a previdência: bota monstro nisso), proibindo um fiscal de decidir se é liberal ou trabalhista a relação entre duas pessoas jurídicas. A alteração foi feita no Congresso. O executivo não aceita. Logo, a democracia representativa é farsa, certo?

Que um fiscal tenha até hoje tal poder apenas confirma que vivemos em uma ditadura civil. Abuso legalizado. Liberticídio consumado.

O governo e os burocratas deveriam zelar pela liberdade. Em vez disso, suprimem-na a cada novo dia que o sol nasce no horizonte.

E ainda falam em democracia. Haja paciência.

O episódio, para abreviar, ensina que, em quaisquer tópicos da legislação criada pelos eleitos e concursados, está consagrada a verdadeira, a real, a factual constituição da república:

"todos são desiguais perante a lei, com distinções de quaisquer natureza, determinadas pela burocracia estatal",

em vez do romântico, impossível, inexistente e, porque liberal, exterminado nas leis,

"todos são iguais perante a lei, sem distinções de qualquer natureza" - o malfadado, pela ação da ditadura civil (eleitos e concursados) artigo 5° da negada cotidianamente constituição da república, que não é federativa (o código penal é nacional, por exemplo) do Brasil.

Terra de saqueados com saqueadores impunes. Haja!

Bertrand Kolesza / redator-editor do mensário Folha do Porto (Porto Alegre/RS)

quarta-feira, 7 de março de 2007

O grande intrometido

Para grande mentecapto o homem não serve, apesar de suas limitações genéticas, afinal, sua mãe nasceu analfabeta, como ele mesmo disse.

Hoje (070307), ele violou um estatuto sagrado da vida civilizada, dita moderna. Ele se intrometeu em questões que dizem respeito à fé religiosa. O Estado e a Fé está apartados no mundo contemporâneo. Não cabe a ele decidir sobre liberdade religiosa, nem cabe às fés serem impostas, ou protegidas, ou perseguidas pelo Estado.

Notícia do globo.com:

O presidente Lula disse nesta quarta-feira (7), em discurso na Cidade do Samba, na Zona Portuária do Rio, que o país deveria criar um dia nacional de combate a hipocrisia porque deixa de debater temas importantes por preconceito. Ele defendeu o uso de preservativos para combater doenças como a Aids e a gravidez precoce. "Trinta por cento das meninas entre 15 e 17 anos que estão fora da escola é porque tiveram filhos", exemplificou.Ele se dirigiu à Secretária nacional de Políticas para Mulheres, Nilcéia Freire, para criticar a hipocrisia da sociedade brasileira, citando, nominalmente, a igreja: "Ano que vem, Nilcéia, você poderia, no Dia Internacional da Mulher, fazer um dia de combate à hipocrisia que está estabelecida na cabeça de todos nós. E por que digo hipocrisia? Hipocrisia porque muitas vezes nós deixamos de debater os temas da forma verdadeira que eles têm que ser debatidos por puro preconceito, porque a minha mãe não gosta, o meu pai não gosta, a igreja não gosta, não sei quem não gosta".

Ora, se uma pessoa não concorda com a fé católica e quer usar preservativo, ele ou ela é livre para abandonar esta fé. O presidente nada tem que se intrometer nas convicções de uma religião. O ato é, em si, deselegante. Para dizer o mínimo. Esperar dele o quê?

O problema do povo brasileiro, para falar só dele, é que, ao longo das últimas décadas, o Estado/governo/burocracia estatal/democracia violou, paulatina e imensamente, a vida individual, as suas liberdades, responsabilidades. O Estado tira do indivíduo o poder sobre sua vida e, ao mesmo tempo, aumenta as punições sobre o indivíduo que não obedecer a cartilha.

Lula deveria calar a boca.

Há mais. Também da mesma fonte.

Lula defendeu também a distribuição gratuita de preservativos, campanha que deve ser acompanhada de instruções para o uso. O mesmo deveria acontecer, segundo ele, com o ensino sobre o sexo."O sexo tem ser feito e ensinado como fazer. Somente assim seremos um país livre da Aids e de outras doenças infecto-contagiosas". O presidente disse que as famílias e a Igreja não podem agir como se as jovens não mantivessem relações sexuais, porque elas acabam engravidando precocemente: " Sexo é uma coisa que quase todo mundo gosta e é uma necessidade", afirmou.

Os jovens adolescentes atiram-se a uma vida sem controle, sem ouvir os seus pais, porque estes já não têm poder nenhum, embora sejam responsabilizáveis perante a lei. O Estado esvaziou a família, destruiu a propriedade privada (ela é uma farsa, saqueada nos tributos), anulou o pátrio poder, a noção de responsabilidade individual e, agora, tudo isso é "hipocrisia"?

Quanto ao "gratuito" é falso. Se as camisinhas são distribuídas gratuitamente, quem as fabricou, em toda a cadeia produtiva, transportou-as e as distribuiu é escravo - trabalha sem receber por isso. O mito do gratuito curra a inteligência de as pessoas e mantém pessoas como LIS no poder.

O povo gosta. Quem é mentecapto?

Em Porto Alegre, cuidado

Residentes, trabalhadores, visitantes de Porto Alegre, capital do RS, CUIDADO!!
Amanhã, 08/03, a Via Campesina (que invadiu ontem quatro propriedades no interior do Estado) estará invadindo a cidade. Elas virão em ônibus, para violar o dia internacional da Mulher. Sair na rua será um risco. Cuidado. Esta gente é perigosa. Falam em dignidade humana, mas praticam atos contrários à mínima inviolabilidade da vida.

Invadir propriedade privada, depredar, com têm feito e nada tem acontecido é violar a mínima dignidade humana. No governo do PMDB, de Germano Rigotto (2003-06) ele nada fez para conter as invasões, para identificar e indiciar as muitas depredações. Ele nada fez para monitorar. A maior ordem que deu, em conflitos gerados pelo MST e VC, foi a de a PM avançar sobre quem trabalha mesmo, os fazendeiros, no município de São Gabriel. É a vitória da inversão de valores. Afinal, o PMDB é um partido coletivista.

Porto-alegrenses, quem vive, trabalha, estuda, visita, freqüenta Porto Alegre, CUIDADO. Estarão aqui, amanhã, os delinqüentes, que contam com dinheiro do governo, triangulados por ONGs financiadas com dinheiro governamental, ou, do povo todo, de gente ordeira em especial.

O dia internacional da Mulher será um dia triste em Porto Alegre, pois servirá de motivo para o coletivismo internacional, disfarçado de nacional-socialista, exibir-se nas ruas da cidade, perturbando a ordem, o ir e vir, afrontando o direito e a mínima liberdade, liberticidas que são.

CUIDADO!

É triste pagar para ver governantes protegendo o crime. O novo titular da segurança no RS é de um partido coletivista, o PDT. O que ele irá fazê???

segunda-feira, 5 de março de 2007

Mito e perda de tempo


O convite da prefeitura não foi praticado na primeira
reunião, a da região da cidade mais sujeita à
intervenção coletivista da prefeitura.
Quem foi à Câmara de Vereadores de Porto Alegre na noite de hoje (o5/03), às 19h30min, encontrou o pequeno salão do plenarinho lotado (uns 60 sentados, outros tantos de pé; 40% funcionários públicos, sob forte calor - o ar-condicionado não foi ligado, embora já estivesse pago). Quem foi, lá, pensou que iria "falar" sobre a revisão do Plano Diretor da cidade, conforme a propaganda oficial da prefeitura municipal de Porto Alegre, paga, aliás, com o extorsivo caudal de tributos obtidos de todos.


Quem foi lá, acreditou nas palavras do secretário municipal de Planejamento, que, a 15/12, em coletiva à imprensa, falou em uma discussão "participativa, democrática", aberta, enfim, a todos.
Ocorre, que, nesta noite, somente o secretário falou. E, assim, será, nas demais sete noites, das outras sete "regiões de planejamento" (nome dado pela ditudura civil da classe política, os eleitos e concursados) em que eles esquartejaram a vida da cidade.


O povo é chamado para debater, para "falar". Só quem fala é o secretário, que, meramente, apresentou a proposta liberticida e por demais interventora da tecnoburocracia estatal, os aprendizes e executores de nacional-socialismo.

Se fosse para ocorrer, realmente, um debate "participativo, democrático", como eles gostam de encher a boca para dizer, então, a proposta de revisão do PD deveria ser, antes, amplamente divulgada na sociedade. Em vez de a prefeitura gastar em publicidade nas rádios, tvs, jornais, ônibus, ela deveria distribuir a proposta, que custaria uns R$ 2,00 a cópia em CD-ROM para toda a cidade. Afinal, até os pobres poderiam "abrir" os arquivos nos tais "telecentros" disponíveis.
A intenção não é debater. Como é que as pessoas irão debater em algumas reuniões, em menos de dois meses, o que técnicos, como engenheiros e arquitetos, debateram "exaustivamente por um ano", como disse o titular da pasta do suposto Planejamento?

Mas a burocracia estatal não está interessada em participação, muito menos em democracia (embora esta faça a glória de coletivistas como o titular de Planejamento, ex-quadro fundador do PT).

Hoje, ele está no PDT (ceteris paribus).

Ao anunciar, a 15/12, o calendário da participação, ele falou somente em oito datas nas regiões e em uma data final, 21/04. Sábado, feriado. Que ele acha a mais adequada.

Não houve orientação aos jornalistas, para que divulgassem, à população, que ela deve procurar os fóruns (este redator prefere "fora", plural de "forum") de suas regiões. Logo, investiu-se na exclusão, sob o embuste de a participação.

Você está surpreso?

Este redator, não!

Afinal, ele acompanhou, por anos, as assembléias do orçamento participativo, mecanismo petista para abalar a democracia e fingir que o povo decidia.
Ao falar, na noite de 05/03, sobre a tal de participação, o titular petista-pedetista, velho e neo-trabalhista, do Planejamento, referiu-se à "prefeitura", como "abstração", dizendo preferir que "a cidade" opine. Trocou a abstração menor pela maior.
Você se surpreende?

Agora, o pior.

O governo do comunista José Fogaça, prefeito-poeta, quer reduzir de 54 metros para 27 metros a altura dos prédios na mais procurada região da cidade, são 16 bairros, os mais próximos ao Centro, a maioria. Os mais valorizados. E quer, por outro lado, aumentar para 42 metros a altura em uma região degradada, baixa, sujeita a alagamentos, o 4° Distrito, também próximo ao Centro.

É o delírio intervencionista. Pensam eles que podem mandar as pessoas para cá e para lá.

Os burocratas e eleitos da prefeitura deram vez e voz ao pior tipo de xenofobia existente. Não aquela de alemão contra inglês, ou de brasileiro contra argentino.


Não!

Mas aquela de morador do bairro Menino Deus, contra o do Cristal. Etc. A bairrofobia, adubada pelo governo. Há grupos, em alguns bairros, típicos de classes média e alta, que vociferam contra os prédios altos. Eles não querem mais vizinhos. Eles não querem que as pessoas tenham mais luz, mais ar, mais espaço de estacionamento, nem mesmo mais área de lazer. Eles simplesmente querem que a cidade fique congelada, parada, no tempo e no espaço. Mas concordam, com a prefeitura, que outras regiões, como o Quarto Distrito, ora decadente (antiga zona industrial e de armazéns comerciais), recebam novos prédios.
Horror! Horror!

Há mais, fica para outro dia.