quarta-feira, 18 de julho de 2007

Quem vai para a cadeia?

Oexecutivo da nação corta sitematicamente verbas dos serviços aeroportuários, os deputados e senadores o aprovam. Quem vai para a cadeia? A estatal reforma uma pista perigosa e a entrega ainda mais perigosa! Quem vai para a cadeia? O burocrata disse que não fez o serviço de ranhuras para dias de chuva porque o pavimento tinha que assentar, ou cousa que o valha. E por que a abriu, se não tinha condições de operação? Bem no meio do inverno, estação chuvosa! Quem vai para a cadeia? O governo gasta R$ 3,5 bilhões em uma olímpiada regional, dá esmola pra comprar votos, desvia verbas de estradas, da saúde, do sistema aeroviário. Quem vai para a cadeia? A vida a eles nada vale, o povo é boi ao matadouro. E ainda paga por isso. Quem vai para a cadeia?

Desde o tempo dos capitães-gerais, na colonização, a violência estatal é a regra no território abençoado por Deus. Perdão, senhoras e senhoras. Deus cansou e Se ausentou. Parou de velar por um povo que não cuida de si; que se deixa oprimir por uma ditadura civil incompetente, que ele escolhe, elege-a e a reelege. A violência e o humor negro são as características maiores desta por vidas humanas insaciável sociedade.

Os piores são os eleitos. Quem vai para a cadeia? Ninguém, claro!

O porta-voz da presidência apareceu quatro horas e meia após a tragédia anunciada pelos especialistas. Veio para dizer que nada tinha a dizer. O presidente? Submergiu. Sumiu. Imagine-o falando ao vivo. Típicas bobagens para incultos incorreriam na indecência. Quem vai?


Mais mortes na conta do governo federal

O acidente da noite de 17/07, com duas centenas de mortos, 186 em um avião de carreira, devem ser incluídas na conta do governo, por fazer de conta que administra o tráfego aéreo, cortando verbas, aceitando motins e tolerando a indisci-plina e greves saqueadoras do bolso do cliente. Quem vai preso?

O presidente convocou, de imediato, reunião do ministério. Ele sa-be que é responsabilidade sua. Mas nada irá lhe acontecer. Não admira se puserem a culpa na pista; e na chuva - um ato de Deus. Demorou para ocorrer. Era uma tragédia anunciada pela leniência, incompetência, inapetência. Atos de governo, coletivos, não têm culpados. A culpa é das vítimas. A pista foi inaugurada sem condições, um especialista apontou na televisão. Quatro horas após, o goveno federal não tinha emitido uma nota de pesar. É a marca característica.