quarta-feira, 11 de abril de 2007

Ação no vácuo estatal

No vazio do estado, age a vítima e crime se torna o modus civilizacional. Arre!

A constante violação das liberdades, mínimas, cresce vertigionosamente, dia após dia, neste terra desgraçada. Seja nos parlamentos, seja nas ruas.

As pessoas que estão sob a mira de facínoras, muitas vezes, cansam de esperar pela ação estatal. Acabam se tornando criminosas, para defenderem o que é seu, e a si mesmos.

A notícia abaixo foi distribuída agora à tarde pelo serviço de imprensa da secretaria da Justiça e da Segurança Pública do Rio grande do Sul.

Façam as suas reflexões.

Um crime não justifica o outro. Mas, no vácuo estatal, fazer o quê? A questão, de um ponto de vista jurídico, tem resposta imediata e precisa. Mas, filosoficamente falando, frente à pressão da existência, a resposta não é tão simples, nem simplória.

Não é apologia do vigilantismo, não! Jamais! Apenas uma reflexão, que leva a uma macabra conclusão.

Enfim, a notícia; control c, control v:

Preso casal suspeito de homicídio em Canela
Agentes da Delegacia de Canela prenderam, nesta terça-feira (10/04) um homem, de 37 anos e uma mulher, de 40, suspeitos de serem os mandantes de um homicídio ocorrido no dia sete de janeiro deste ano em Canela. O casal – que estava com prisão temporária decretada pela Justiça – foi preso naquele município.
Miguel de Souza, vulgo Paraná, foi morto, com quatro tiros, em frente a um bailão da cidade. O autor confesso, um sapateiro, de 32 anos, da cidade de Parobé – que já havia sido preso em três de abril – informou ter recebido como pagamento 500 reais e um revólver calibre 38. O casal – suspeito de ser mandante do crime – havia se desentendido com Paraná porque ele queria vender drogas no bar de propriedade deles. Dias antes do crime, Paraná havia dado uma coronhada na cabeça da mulher.

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