sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016, triste dia

Leio na web que o Rio de Janeiro foi escolhido para sediar os jogos olímpicos de 2016. É um triste dia para o Brasil. Por quê?

Porque basta lembrarmos do que ocorreu com os jogos panamericanos. O custo das obras acabou em quatro vezes mais o orçado. Dinheiro não cai do céu e as instalações serão construídas com o que é tomado à força do povo nos impostos, que o empobrecem, e transferem renda para quem não quer trabalhar.

Ciúmes tenho do povo de Chicago - cidade concorrente - que, em grande número, não queria saber de olimpíadas em sua cidade, sabedores da despesa e do fato de que, ao fim do dia, são eles que pagam a conta. Mas os brasileiros em geral, amortecidos e dopados com a falsa noção do "gratuito" - que está até mesmo na Constituição - pouco sabem dos fatos mais comezinhos da vida econômica. Como este. Quando o governo faz e gasta, é o governo que gasta, mas é o povo que paga, à força, sem liberdade de escolha.

Quanto dinheiro vos disserem que a farra irá custar, multiplicai por quatro, para ter uma idéia de quanto o povo será saqueado em nome do exibicionismo de alguns.

E, por favor, no Rio de Janeiro? Cidade ex-maravilhosa, entregue por um ex-governador, que não era natural de lá, ao tráfico, ao retirar a polícia dos morros, merece, onde o crime campeia, sediar jogos olímpicos? Não! Merece um povo já saqueado de todas as formas possíveis e imagináveis pela burocracia estatal (para lhes financiar gordos salários e aposentadorias) financiar com sua pobreza ainda maior a farra dos governantes - outra vez? Não!!

Por isso, entendo que esta escolha marca um triste dia, de muitos tristes anos, para os brasileiros, em especial, para nossos irmãos fluminenses e cariocas.

Claro que, ao pensar assim, milito nas fileiras do extravagantes.

Tenham um bom final de semana. Em especial, aos otários (entre os quais, eu).

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Fascismo à toda

O fascismo nunca morreu, sabem aqueles atentos aos conceitos e que não se perdem com argumentos à hollywood filmes. O fascismo, irmão do nazismo, irmãos da social-democracia, irmãos do socialismo trouxe-nos mais uma crise dentro do capitalismo, que não existe como tal tout court, sabem aqueles que sabem das coisas e não se deixam levar por argumentos à hollywood em especial em períodos eleitorais.

Tudo isso para dizer que o fascismo, que já estava à toda ao obrigar os bancos a concederem hipotecas a quem não podia adquirir uma casa, só poderia ficar maior. Claro. Se é dado ao governo o poder de tanto assim intervir no mercado, o resultado, mesmo se demorado, é óbvio.

Tudo isso para dizer que o presidente dos EUA demitiu Rick Wagoner, presidente da General Motors Corp. E botou outro homem em seu lugar. Este é o preço que se paga por aceitar dinheiro do governo.

O irônico disso, no dizer do sempre atento Jay Leno, é que o sujeito que dirige uma organização que perde trilhões de dólares ao ano, o governo, demite o que preside uma que perde bilhões ao ano.

O dinheiro dos contribuintes pagou a farra do subprime, mercado segunda linha. E está pagando o conserto do estragou que causou.

Empresas inviáveis devem deixar de existir.

Pergunta. Por que BHO não mandou demitir o presidente do sindicato de trabalhadores na indústria automobilística, cujas exigências de planos de aposentadoria e vantagens na ativa, além de salários mais altos, fazem parte do problema pelo qual a GM passa?

Porque, no fascismo, a empresa, os seus executivos, os acionistas, são sempre os culpados e os trabalhadores tidos como vítimas.

Primeiro a intervenção, por fim, o campo de concentração. Que ele tenha ocorrência esporádica deve-se ao fato de presidentes não ficarem mais do que oito anos. Mas que a tentação é grande, lá deve ser.

Novas notícias do neo-fascismo, que quebrou tais empresas como a GM, virão. Pena que a imprensa brasileira, cujos escribas adoram o fascismo, mesmo que neguem o epíteto, seja tão fraca mostrar o que realmente ocorre.