Lia, mais cedo, nesta chuvosa manhã de 20/03/07, tipicamente outonal (o clima está mudando?), em um diário de Porto Alegre, onde vivo, que esta capital tem o maior número de gordos no Brasil (entre as capitais). Que, aqui, 54% dos homens estão acima do peso. E, segue a nota, gordura não é apenas uma questão de estética, mas de saúde.
A frase me levou a profundas e deprimentes reflexões.
Todo o fascismo médico contra a obesidade produziu, nos últimos 30 anos, uma série constrangedora de equívocos sobre dietas e alimentos. Sem falar em ansiedade de pacientes eperturbação da sua felicidade. Quem vai para a cadeia?
Foi afirmado categoricamente o que era, tão somente, uma constatação probabilística, como todas da ciência empírica. A Veja desta semana fala disso. E bem, embora não aprofunde. A revista é mansa.
Todo tal fascismo de magro, ou, da magreza, está, ainda, produzindo mortes em mulheres jovens que buscam, obcecadamente a magreza, ideal de sáude e de beleza. E os gordos aí, a viverem 40 ou 50 anos mais do que tais jovens.
Não vou negar os aspectos negativos à saúde do excesso de peso. Não!!
O que me preocupa, e muito, mais ainda, é que, primeiro, há o alerta, sobre a obesidade. Segundo, a condenação e ... em breve, ser gordo será algum tipo de contravenção, disposto, tal fato, em lei, onerando os gordos a algum tipo de tratamento diferenciado perante a lei. Sendo a diferença perante a lei a característica básica da sociedade brasileira, na qual o artigo 5° de sua Constituição é uma farsa de mal gosto e deveria ser reescrito, adequando-o à realidade.
Irão pagar mais no transporte coletivo? Serão sobretaxados para a aposentadoria? Custará mais caro o seu seguro de vida ou o plano de saúde? Pagarão tributos maiores, em percentual, nas suas roupas? As lojas para gordos pagarão tributos maiores? As comidas que engordam pagarão tributos maiores? Tudo ao contrário pagará, ainda mais, menores? Terá incentivo do banco estatal (cujo caixa é dinheiro tomado do povo via impostos)?
Tudo isso porque, ao se utilizar de serviços públicos, estatais, pagos pelos impostos, os gordos irão onerar mais. Raios. O estado, a ditadura civil, cobra à força para prestar serviço e, pior, faz a mesma discrinação que ela condena ...
Enfim, tudo previsível, em um mundo nazista internacionalizado, aquele no qual o estado intervém ad infinitum e ad absurdum na vida individual, moldando, ao gosto da ciência (sempre falível, se não, religião) e da política interventora o ideal de ser humano, legislado pelo governo.
Adolf Hitler perdeu a guerra, mas suas idéias perversas de aperfeiçoar o homem venceram.
Trsites e profundas reflexões. A burocracia estatal destrói a vida, em nome dela, e ainda cobra mais, de quem está vivo.
terça-feira, 20 de março de 2007
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